


Júlio Pomar
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Pintor português (1926), estudou na escola de artes decorativas António Arroio e passou pelas escolas de Belas Artes de Lisboa e Porto, sem ter frequentado aulas de pintura. Fez desenho, gravura, escultura, ilustração, tapeçaria e azulejo, dedicando-se hoje sobretudo à pintura e à escrita. No período pós II Guerra Mundial, Júlio Pomar foi influenciado por escritores neorrealistas como Alves Redol e Soeiro Pereira Gomes e por artistas plásticos como o pintor brasileiro Cândido Torquato Portinari ou os muralistas mexicanos Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros, que o inspiraram a usar a arte como forma de intervenção sociopolítica. Instalou-se em Paris em 1963 e os temas que pintou a partir daí vão da relação com a literatura, à tradição popular, passando pelos acontecimentos da época (como o Maio de 68), ao diálogo com mestres do passado (Courbet, Matisse, etc), cruzado com o erotismo que dominou a sua obra nos anos 70. Já com experiências prévias em escultura, realizou várias assemblages em 1967, técnica a que voltou nos anos 70. As características da tinta acrílica, que começou a usar no final da década de 70, alteraram novamente a sua pintura, onde predominavam cores primárias e a tinta aplicada em bloco, sem gradações ou transparências. O Museu-Atelier Júlio Pomar abriu em 2013.
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